1- Primeiramente
obrigada por aceitar participar da minha entrevista!
Eu que agradeço pelo convite e gentileza de
sempre.
2- Como você
iniciou a sua carreira?
Bem, desenho desde criança, mas nunca havia
divulgado/exposto as minhas ilustrações em mídias de comunicação (internet). No início de 2011 a minha irmã me incentivou a
criar uma conta no Tumblr, até então eu não havia achado uma ideia muito genial
e até hesitei, confesso, rs. Mas depois, por alguma razão, que acredito que
tenha vindo lá do Alto, eu resolvi criar um perfil. A partir daí eu
compartilhei algumas ilustrações lá e recebi um feedback muito bom e inesperado das pessoas. Muitas elogiavam e
algumas pediram o meu contato para solicitarem encomendas de trabalhos
personalizados. A mídia foi (e é) um canal muito importante para fazer com que
os meus trabalhos chegassem aonde eu não poderia ir pessoalmente.
3- Você tem alguém
que te inspira?
Sim. Deus me inspira. Não poderia citar
qualquer outro artista quando há O Artista (o maior e melhor de todos os
tempos). Ele criou tudo a partir da palavra e nada do que fez foi uma cópia,
tudo foi original e isso me surpreende. Três grandes exemplos: a forma como Ele
aquarela no céu das 17h30 a paleta do pôr-do-sol, as incontáveis pedrinhas de
brilhante que iluminam o céu noturno e as 7 cores do arco-íris que faz um arco
no céu. Seria injusto da minha parte citar um outro alguém.
4- Houve alguma
mudança depois que você fez a ilustração do 3º livro da Bruna Vieira?
É um pouco cedo falar sobre isso, visando que
o livro será lançado dia 08 de Fevereiro.
5- O desenho foi
criado através das palavras da Bruna ou por você mesmo?
Todos os meus trabalhos são feitos através do
Briefing enviado pelo cliente. Todas as 17 ilustrações foram desenvolvidas para
suprir as necessidades da Bruna Vieira e do livro “A Menina Que Colecionava
Borboletas”. Para isso, trabalhamos em equipe (eu, ela, a Publisher da Editora
e o diretor de arte) durante praticamente um mês e meio.
6- Como surgiu a
ideia de levar a ilustração a sério?
Não surgiu de uma ideia, sabe? Acredito que
todos nós somos providos de talentos e que devemos usar isso de uma forma que
haja frutos (não digo isso de forma financeira). Desde muito nova eu sempre
orei a Deus para usar aquilo que Ele me deu para levar a Palavra dele adiante,
eu não sabia como isso seria possível e de qual forma aconteceria. Ele sempre
soube das minhas intenções e fez um desejo de infância se tornar real através
da minha vida e dos talentos que recebi. Ele me capacitou (e continua me
capacitando) e me usa como um pincel nas mãos de um artista. E, eu levo a
ilustração muito a sério, pois ela é o instrumento pelo qual posso compartilhar
de alguma forma bons sentimentos para outras pessoas. Mais que uma profissão, é a minha voz e um
canal.
7- Como era sua
vida antes do trabalho com ilustração?
Na realidade não houve um antes e um depois.
Sempre desenhei e estive envolvida no mundo das artes. Meu pai é artista
plástico e professor de Educação Artística/História aposentado e minha mãe é
artesã, então, nasci e cresci em um ambiente propício a isso. Desde
criança/adolescente eu fazia artesanatos e vendia para as minhas colegas do
Colégio, professores de outras cidades e para a minha comunidade. Não vejo como
uma vida de antes e uma vida de agora, sabe? Continuo criando e brincando com
isso. Agora a responsabilidade aumentou e o meu tempo diminuiu, rs.
8- Você possui um
traço, podemos dizer único, suas ilustrações tem uma característica parecida
com seu estilo?
Sim. Busco ao máximo transparecer a verdadeira
essência em tudo o que faço. Até pelo fato de que esta é a minha forma de
expressão, não poderia ser diferente. Gosto de leveza e suavidade e é isto que
procuro transmitir através das ilustrações.
9- Quais são seus
projetos para 2014?
Estou trabalhando e amadurecendo um projeto
muito importante para mim, mas no momento não posso compartilhar do que se
trata, rs. Ao mais, espero continuar espalhando amor através do que faço.
10- Me diga 5
ilustradores que você mais admira.
Admiro muitos, mas no momento me veio em mente
a Diana Pedott, Guilherme Fares, Ëloide, Fifi Lapin, Carol Rivello e tantas
outras pessoas.
11- Quais dicas
você daria para ilustradores iniciantes?
Seja você mesmo. Quando estamos iniciando a
nossa carreira é muito importante que desenvolvamos o nosso próprio traço e
estilo. Geralmente nos inspiramos nos artistas que admiramos e os quais mais
nos identificamos. Mas a parte mais legal é quando conseguimos sair da “zona da
mesmice” e for além do que todos fazem. Não precisamos ter um traço perfeito,
afinal, estamos falando do início de algo. Quanto mais você desenhar, mais o
seu traço irá se desenvolver e mais maduro ficará. Gosto de singularidade em
meio à pluralidade. Busque transmitir a sua verdade através do que você faz.
Coloque a sua essência e seja sempre você mesmo. É satisfatório quando
recebemos um feedback de alguém
reconhecendo que o que fazemos é único e quando não fazem comparações com as
obras de determinado artista. As pessoas podem fazer a mesma coisa que você,
mas nunca farão como você. Desenhe todos os dias e use as mídias sociais para
divulgar o que você faz, independente se for algo grande ou pequeno. E para
finalizar: tenha sempre muito respeito pelo que você faz, isso é
importantíssimo!
12- Você acha que
seu trabalho é reconhecido?
Eu entendo que antes das pessoas reconhecerem
o nosso trabalho (independente do que seja) nós precisamos valorizá-lo como
algo único e importante. Quando reconhecemos que o que fizemos é fruto de muito
esforço, dedicação e amor, automaticamente as outras pessoas terão essa mesma
visão de respeito.
Em termos de reconhecimento popular: estou
dando os primeiros passos e espero continuar seguindo na direção certa.
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre a Malena. Para entrarem em contato com ela é só entrarem na
Fan Page.
Xoxo, até a próxima.